sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Partenogênese

Algumas espécies mais evoluídas são capazes de se reproduzirem assexuadamente se as condições ambientais não estiveram propícias ou em ocasiões em que haja um desequilíbrio da razão sexual (número de machos em relação ao total de fêmeas) ou quando fêmeas migram para locais onde não existam machos disponíveis. Esse processo, conhecido como partenogênese ocorre naturalmente em muitas espécies, incluindo plantas, invertebrados e alguns vertebrados como peixes, anfíbios, répteis e, raramente, aves.
A partenogênese é diferente da clonagem. Embora ela ocorra sem a participação de espermatozóides ― portanto, sem fecundação ―, os indivíduos gerados apresentam variabilidade genética obtida a partir do genoma materno. Porém, a prole formada por partenogênese possui dois conjuntos idênticos de cromossomos, ao invés de um grupo paterno e outro materno. Por esse motivo, em termos populacionais, a partenogênese está associada a uma diminuição da variabilidade genética.
A partenogênese poderá originar fêmeas ou animais de ambos os sexos, dependendo do sistema de determinação do sexo da espécie ― isto é, se as fêmeas são XX ou WZ ou os machos são XY ou ZZ. Os indivíduos concebidos pela partenogênese são FÉRTEIS e podem se reproduzir sexualmente se as condições ambientais tornarem-se favoráveis novamente.
A partenogênese, apesar de possibilitar um rápido crescimento populacional sem os custos envolvidos com a reprodução sexuada, não permite que os indivíduos mantenham uma variabilidade genética para se adaptarem a ambientes instáveis, justificando a ocorrência apenas eventual desse tipo de reprodução. Porém, essa regra não se estende a todos os seres vivos que se reproduzem assexuadamente. As bactérias, por exemplo, que se reproduzem principalmente de forma assexuada, alcançaram um enorme sucesso evolutivo.

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