domingo, 16 de novembro de 2008

Métodos Comportamentais

Esses métodos baseiam-se na observação das características do ciclo menstrual, com abstinência sexual durante alguns períodos. Requerem que a mulher esteja sempre atenta aos sinais e seja capaz de reconhecê-los adequadamente, já que podem ocorrer variações importantes. Geralmente, calcula-se a data provável da ovulação e faz-se a abstinência por 4 dias antes e três dias depois dessa data, período de maior fertilidade da mulher. A importância principal desse grupo de métodos é para as mulheres com impedimento religioso ou cultural aos outros métodos.
Esses métodos apresentam baixa eficácia, alteram o comportamento do casal, dependem de motivação e aprendizado e não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis/AIDS.
1. Tabelinha, Ritmo, Ogino Knaus
A famosa tabelinha é bastante utilizada, ainda hoje. Consiste no cálculo do provável dia da ovulação e na abstinência sexual por 7 dias, nessa época. Esse método, porém, só deve ser utilizado por mulheres que tenham os ciclos menstruais regulares e que ovulem sempre no 14º dia do ciclo. Para sua aplicação, devem ser observados os ciclos por pelo menos 6 meses, antes do início.
O modo de usar é bastante simples. Você pega a data provável da próxima menstruação e subtrai dela o número 14. O resultado é o dia provável da ovulação. Agora basta contar 4 dias antes e 4 dias depois. Durante esse tempo, o casal não deve ter relações sexuais. Vamos dar um exemplo:
2. Temperatura Basal
Baseia-se no fato de que após a ovulação ocorre um aumento da temperatura corporal, em 0,3-0,8ºC, por três dias. Antes de iniciar o uso desse método, a mulher deve ter um período de alguns meses, no qual ela avaliará sua temperatura todos os dias e anotará em um gráfico, o que ajudará na determinação do padrão de elevação da temperatura. Para isso, todos os dias, ao acordar, antes mesmo de se levantar e antes de escovar os dentes, a mulher mede a temperatura com termômetro colocado debaixo da língua, anotando o valor em um gráfico. Após a determinação do padrão de aumento da temperatura, o método funciona da seguinte maneira: o casal deve fazer abstinência sexual durante toda a primeira parte do ciclo (ou seja, depois da menstruação) até três dias depois que a temperatura aumentou.
3. Muco cervical, Billings
Com este método, a mulher tenta prever o período fértil por meio da análise do muco proveniente do colo uterino. Logo depois da menstruação, existe um período em que a vagina permanece muito ressecada, e o muco vai aumentando aos poucos e vai se tornando mais escorregadio e elástico (a mulher consegue fazer um "fio" com o muco, abrindo os dedos). Ele fica mais elástico na época da ovulação. Assim, o casal deve fazer abstinência desde o período em que existe pouco muco até três dias depois da data de maior elasticidade.
4. Método Sintotérmico
É o uso conjunto dos três métodos anteriores. Aumenta a eficácia.
5. Ejaculação extravaginal (coito interrompido)
Consiste na retirada do pênis da vagina, antes da ejaculação. Não é um método recomendado, pois leva a um ato sexual incompleto e a ansiedade no casal. O índice de falha é alto porque muitos homens não conseguem controlar o momento da ejaculação e, além disso, o líquido seminal eliminado antes da ejaculação também contém espermatozóides. O uso constante desse método pode favorecer o desenvolvimento de dor pélvica na mulher, pois como ela não tem orgasmo há uma vasodilatação com acúmulo de sangue na região da pelve. Outro problema associado a esse método é que ele pode gerar, no homem, ejaculação precoce e disfunção erétil (impotência).

Métodos de Barreira

Esses métodos impedem que os espermatozóides cheguem ao útero.
1. Condom, Camisinha
Existem modelos masculino e feminino (raramente usado). A camisinha masculina é um método bastante utilizado, mas depende de uso correto. A grande vantagem é que, além de proteger contra uma gravidez indesejada, protege contra doenças sexualmente transmissíveis/AIDS.
A principal desvantagem da camisinha masculina é a necessidade de colocação durante o ato sexual, antes de qualquer tipo de penetração. Além disso, requer motivação do casal. Algumas pessoas podem apresentar alergia. A camisinha feminina pode ser colocada bem antes da relação sexual e é mais resistente que a masculina; porém, não é muito estética.
2. Diafragma
É um dispositivo de borracha ou silicone que recobre o colo uterino. A eficácia desse método aumenta quando a mulher utiliza espermaticida associado. Pode ser reutilizado, desde que seja bem lavado após o uso, e conservado com um pouco de amido (maisena) polvilhado. Ele deve ser colocado pelo menos 15 minutos antes da relação sexual, e deve ser retirado até 6 a 8 horas depois. Existem algumas alterações anatômicas que impedem seu uso.
3. Esponja
É uma pequena esponja feita de poliuretano, com espermicida. É descartável e de fácil colocação. Entretanto, é um produto importado e de alto custo.
4. Espermaticida
São substâncias que matam os espermatozóides. Quando usados sozinhos não conferem proteção adequada. Os principais são: nonoxinol-9, octoxinol-9, menfegol.
Dispositivo Intra-Uterino (DIU)
O DIU é o método contraceptivo mais utilizado no mundo. É um dispositivo geralmente feito de cobre, que é colocado dentro do útero e leva a várias modificações do útero e da tuba uterina, além de provocar reações que matam os espermatozóides.

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