quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Dificuldades da Reprodução Sexuada

A competição pela transmissão dos genes para as gerações futuras é acirrada e grande parte dos seres vivos investe uma parcela enorme de sua energia na reprodução. Para minimizar esse gasto energético, surgiram mecanismos que permitem que as fêmeas façam uma “seleção sexual” dos machos mais aptos para a sua reprodução.
Como não é possível se avaliar diretamente os genes desses indivíduos, a seleção se baseia na expressão fenotípica de características como plumagem, coloração, chifres e uma série de comportamentos exibidos pelos machos durante o período de acasalamento.
Essas características, contudo, tornam esses indivíduos mais vulneráveis a predadores. Esse risco também é elevado durante o período em que as fêmeas ou o casal têm de cuidar de sua prole. Além disso, como a reprodução sexuada gera tanto machos quanto fêmeas, esse processo é menos eficiente para promover o crescimento populacional do que a reprodução assexuada (custo duplo do sexo).
Portanto, se existem tantos riscos e gastos energéticos envolvidos com a reprodução sexuada, por que motivo os seres vivos não abdicam do sexo e passam a se reproduzir assexuadamente como as bactérias e outros organismos primitivos?

Um comentário:

Ariete disse...

A razão por trás disso é o aumento da variabilidade genética associado à reprodução sexuada. A presença de populações geneticamente heterogêneas é um fator chave para a sobrevivência a longo prazo das espécies em nosso planeta. Quanto mais cópias diferentes de seus genes (conhecidas como alelos) uma espécie possuir, mais saudável ela será para enfrentar mudanças ambientais e novas pressões seletivas e por mais tempo ela evitará sua extinção.