sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Célula Animal (sem cloroplastos e sem parede celular; vários pequenos vacúolos).

Célula animal

A palavra célula foi usada pela 1° vez em 1665, pelo inglês Robert Hooke(1635-1703). Com um microscópio muito simples ele observou pedaços de cortiça, e ele percebeu que ela era formada por compartimentos vazios que ele chamou de células.
Célula animal é uma
célula que se pode encontrar nos animais e que se distingue da célula vegetal pela ausência de parede celular e de plastos.Possui flagelo, o que não é comum nas células vegetais.





Célula vegetal

A célula vegetal é semelhante a
célula animal mas contém algumas peculiaridades como a parede celular e os cloroplastos. Está dividida em: Componentes protoplasmáticos que são um composto de organelas celulares e outras estruturas que sejam ativas no metabolismo celular. Inclui o núcleo, retículo endoplasmático, citoplasma, ribossomos, complexo de Golgi, mitocôndrias, lisossomos e plastos e Componentes não protoplasmáticos são os resíduos do metabolismo celular ou substâncias de armazenamento. Inclui vacúolos, parede celular e substâncias ergástricas.

Vacúolo

É uma cavidade delimitada por uma membrana (tonoplasto) e contém o suco celular que é composto de substâncias ergástricas e algumas em células podem conter pigmentos como as flavonas e antocianinas. Células jovens geralmente têm vários vacúolos pequenos que ao longo de seu desenvolvimento se fundem em um mega vacúolo. Eles atuam na regulação osmótica expulsando água da célula ou podem se fundir aos lisossomos e participar do processo de digestão intracelular. Origina-se do complexo de golgi.

Plasto
É originado do protoplastídeo e tem configurações diferentes, com várias especialidades: Cloroplastos Serio São plastos de clorofila, responsável pela fotossíntese. Só são encontrados em células expostas à luz. É formado por uma membrana externa e uma interna que sofre invaginações formando sacos empilhados, os tilacóides. Alguns se dispõem uns sobre os outros formando uma pilha chamada granum (plural = grana) ou . A matriz interna é chamada de estroma e pode conter granululos de amido espalhados por ele. São derivados dos cromoplastos. Cloroplastos possuem seu próprio DNA e ribossomos, são relativamente independentes do resto da célula (principalmente do núcleo). Cromoplastos São plastos coloridos (contém pigmentos) de estrutura irregular que dão origem aos cloroplastos. Seus principais pigmentos são os carotenóides (coloração da cenoura) e xantofilas que dão coloração para flores e frutos. Leucoplastos São incolores e servem para acumular substâncias diversas como proteínas, amidos e lipídios. Dependendo da substância que acumulam, recebem nomes diferentes: oleoplastos, proteoplastos, amiloplastos...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Celula vegetal










Divisão celular é o processo através do qual uma célula (chamada célula-mãe) se divide em duas células-filhas. Nos organismos multicelulares, este processo pode levar ao crescimento do indivíduo (por crescimento dos tecidos), ou apenas à substituição de células senescentes por células novas. Nos organismos unicelulares, como as bactérias e muitos protistas, este é o processo de reprodução assexuada ou vegetativa.
As células
procarióticas dividem-se por fissão binária, enquanto que as Eucarióticas seguem um processo de divisão do núcleo, chamada mitose, seguida pela divisão da membrana e do citoplasma chamado citocinese.
As células
diplóides podem ainda sofrer meiose para produzir células haplóides - os gâmetas ou esporos durante o processo de reprodução. Neste caso, normalmente uma célula dá origem a quatro células-filhas embora, por vezes, nem todas sejam viáveis.

O embrião é o produto das primeiras modificações do ovo que resultou da fecundação, tanto nos animais como nas plantas, que vai dar origem ao indivíduo adulto.


Embrião vegetal
Nas plantas
espermatófitas, o embrião encontra-se na semente e, quando germina, dá origem a uma plântula formada por radícula, caulículo e cotilédones.

Embrião animal
O principal produto da
fecundação é o ovo, que mal se começa a dividir por mitose dá origem ao embrião.

Embrião humano
É o conceito de quando se está em sua fase de diferenciação orgânica, da segunda à sétima semana depois da fecundação, etapa conhecida como período embrionário
. Origina-se do
embrioblasto, estrutura multicelular que, em conjunto com o trofoblasto e a blastocele, constitui o blastocisto recém-implantado no endométrio.
O período embrionário termina na 8ª semana depois da
fecundação, quando o concepto passa a ser denominado de feto.
Nota alguns acreditam que o cérebro se desenvolve no embrião mas esta errado na verdade ele se desenvolve no feto.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Reprodução Assexuada

A reprodução assexuada é um tipo de reprodução onde não ocorre variabilidade genética, ou seja, os indivíduos descendentes são idênticos cromossomicamente ao organismo matriz (genitor). Nesse caso não envolve o encontro de gametas, também não ocorre a fecundação. Organismos oriundos a partir desse processo são tidos como clones. Uma forma de multiplicação repetitiva, tendo como princípio: sucessivas divisões mitóticas, ou mecanismo de bipartição, também chamada de divisão binária ou cissiparidade, processos de brotamento, partenogênese e propagação vegetativa. A divisão mitótica é um recurso utilizado por eucariotos unicelulares e multicelulares, originando dois descendentes com a mesma bagagem genética, porém com diferença volumétrica do citoplasma. Na reprodução binária, bem utilizada por ameba e planária, são originados organismos proporcionalmente semelhantes quanto à constituição e tamanho. No processo por brotamento, característico de fungos e algas, surgem brotos adjacentes à estrutura corpórea do organismo genitor, posteriormente se soltando, assumindo vida independente. A partenogênese, meio de reprodução de organismos coloniais: abelhas e formigas, caracteriza-se pelo desenvolvimento de um ou vários organismos decorrentes da não fecundação do óvulo. A multiplicação vegetativa, conhecida como estaquia, tem significativa aplicação na agricultura, partindo do princípio da regeneração de vegetais portadores de gemas indiferenciadas desenvolvendo raízes e ramos (exemplo: mandioca, cana-de–açúcar e roseiras).
Reprodução Sexuada

Na reprodução sexuada há três características básicas:
  • Produção de células haplóides por meiose (gametas).
  • União de 2 células haplóides para formar um novo indivíduo diplóide.
  • Formação de seres geneticamente diferente dos genitores.

Do ponto de vista evolutivo, este tipo de reprodução pode aumentar a probabilidade de uma espécie sobreviver as modificações do meio ambiente (capacidade adaptativa). A união dos gametas (cariogamia) provoca novas combinações de cromossomos, no descendente, levando variações nas suas características aumentando a possibilidade de evolução de espécie. Reprodução sexuada existe tanto em animais quanto em vegetais, sendo mais comum e evidente nos primeiros.

Os gametas se formam em órgãos especiais denominados gônadas ou glândulas sexuais. As gônadas e gametas recebem denominações diferentes, dependendo de o indivíduo ser animal ou vegetal.

Gametas

São células haplóides (n) especializadas para o processo da reprodução. Representam a única ponte que existe entre duas gerações sucessivas. Em indivíduos unicelulares, o próprio ser (ou seu núcleo-gamético) pode funcionar como gameta.
O DNA, substância que constitui os genes responsáveis pela hereditariedade, se encontra dentro dos cromossomos e passa de pais para filhos através dos gametas, levando a informação genética. A quantidade e a qualidade do DNA deve permanecer constante de geração a geração, isto é, o número de cromossomos deve ser o mesmo em cada geração.

Termos de Reprodução

ISOGAMIA
Quando o gameta masculino e feminino possuem mesmo tamanho e forma, ambos são móveis.

ANIOGAMIA
Quando o gameta masculino e feminino possuem a mesma forma porém tamanho diferente, ambos são móveis.

OOGAMIA
Quando o gameta masculino e feminino possuem tamanho e forma diferentes, apenas um é móvel

MONÓICOS
Diz-se do indivíduo que apresenta dois sexos; o mesmo que hermafrodita.

DIÓICOS
São seres que apresentam sexos separados; apresentam sexo masculino e feminino
Tipos de Reprodução Sexuada

AUTOGAMIA
Ocorre apenas em seres hermafroditas; ambos os gametas que vão se fecundar são provenientes da mesma célula-mãe.

CONJUGAÇÃO
Quando ocorre troca de material genético entre indivíduos unicelulares, após essa troca estão aptos a se dividirem. Ex. Cianofíceas e algas filamentosas.

FECUNDAÇÃO CRUZADA
Quando ocorre fertilização (anfimixia) entre indivíduos de sexos diferentes.

NOTENIA
Quando ocorre reprodução durante a fase larvária

PARTENOGÊNESE
Quando o óvulo não fecundado desenvolve formando um indivíduo sexualmente viável á reprodução. Ex. Abelhas, formigas, pulgões, térmitas, crustáceos.

PEDOGÊNESE
Quando ocorre partenogênese durante a fase larvária. Ex. Schistosoma mansoni

POLIEMBRIONIA
Quando ocorre a formação de vários embriões a partir de apenas uma célula ovo. Ex. Tatu

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mutação Genética - O que é ?

A mutação é uma modificação da informação genética, e que pode resultar em indivíduos ou células com alterações fenotípicas. A mutação é qualquer mudança na seqüência do DNA no genoma. Existem dois tipos de mutação. A mutação pontual, que é uma mudança que afeta uma única posição no gene. Isto pode causar mudanças na proteína por ele codificada. As mutações pontuais são muitas vezes geradas por erros na duplicação do DNA ou na hora transcrever o DNA para RNA. As mutações cromossômicas, que podem ser alterações no número dos cromossomos de uma célula, ou podem ser alterações estruturais, rearranjos do DNA. Elas podem ser provocadas durante algumas das etapas da divisão celular, durante a segregação dos cromossomos, ou durante o momento do crossing over. Podem existir agentes mutagênicos, que induzem as mutações, corantes artificiais, conservantes, radiação, ondas eletromagnéticas, são alguns deles. A síndrome de Down ou mongolismo é uma doença provocada por uma mutação cromossômica numérica, uma trissomia do cromossomo 21. O cromossomo pode perder um pedaço, é mutação estrutural chamada de deficiência; esse pedaço pode inserir-se em outro cromossomo, acontece então uma translocação, que é uma anomalia estrutural na qual um pedaço de um cromossomo se insere em outro não homólogo. O cromossomo pode sofrer duas quebras e o pedaço intermediário sofre um giro de 180o e solda-se as extremidades de uma forma invertida, é a inversão. Os efeitos de uma mutação sobre o fenótipo variam enormemente. Algumas podem não ter efeito perceptível e outras podem possuir efeitos deletérios sobre a probabilidade de sobrevivência e ou reprodução do organismo. Se a mutação acontece no genoma das células germinativas, ela pode muito provavelmente passar para outras gerações, o que pode ser muito perigoso para a sobrevivência do indivíduo dependendo da mutação. Algumas mutações foram selecionada pelo homem por apresentar um interesse econômico. A laranja “baiana” é um exemplo típico, ela é devida a uma mutação que ocorreu em 1870 numa única laranjeira da Bahia e, posteriormente, foi cultivada pelo homem. Nas populações as mutações gênicas que ocorrem levam a introdução de novos tipos de genes, que contribuem para aumentar a variabilidade genética. Se as novas mutações forem adaptativas às condições ambientais elas serão mantidas, caso não sejam elas serão eliminadas da população pela seleção natural. Alguns organismos como as bactérias e vírus podem provocar alterações no DNA da célula, pois eles podem carregar material genético de outras células e introduzi-lo no genoma da célula infectada. Bactérias e alguns eucariotos freqüentemente carregam no seu citoplasma moléculas de DNA circularizadas, e que se replicam independentemente, conhecidas como plasmídios. Alguns desses plasmídios podem afetar o fenótipo da célula, dando-lhe resistência a antibióticos.

Mutações genéticas




Das aberrações cromossômicas constatadas no homem, destacamos aqui as anomalias cromossômicas sexuais existentes: a Síndrome de Turner e a Síndrome de Klinefelter.

Síndrome de Turner

Cariótipo

É uma monossomia na qual os indivíduos afetados exibem sexo feminino, mas geralmente não possuem cromatina sexual. O exame de seu cariótipo comumente revela 45 cromossomos, sendo que do par dos sexuais há apenas um X; dizemos que esses indivíduos são XO (xis zero), sendo seu cariótipo representado por 45, X. Muitas dessas concepções terminam em aborto; é provável que 97% desses conceptos sejam eliminados chegando a termo apenas 3%, de modo que essa monossomia constitui uma das causas mais comuns de vida intra uterina. Por isso é uma anomalia cromossômica rara, atingindo apenas uma dentre três mil mulheres normais.

Trata-se, fundamentalmente, de mulheres com disgenesia gonadal, isto é, cujos ovários são atrofiados e desprovidos de folículos, portanto, essas mulheres não procriam, exceto em poucos casos relatados de Turner férteis, em cujos ovários certamente há alguns folículos. Devido à deficiência de estrógenos elas não desenvolvem as características sexuais secundárias ao atingir a puberdade, sendo, portanto, identificadas facilmente pela falta desses caracteres; assim, por exemplo, elas não menstruam (isto é, tem amenorréia primária). Quando adultas apresentam geralmente baixa estatura, não mais que 150 cm; infantilismo genital- clitóris pequeno, grandes lábios despigmentados, escassez de pelos pubianos-; pelve andróide, isto é, masculinizada; pele frouxa devido à escassez de tecidos subcutâneos, o que lhe dá aparência senil; unhas estreitas; tórax largo e em forma de barril; alterações cardíacas e ósseas. No recém nascido, há freqüentemente edemas nas mãos e nos pés, que leva a suspeitar de anomalia.

As primeiras observações realizadas com indivíduos severamente afetados associavam à síndrome de Turner a algum grau de deficiência mental. Posteriormente ficou evidente que estas pacientes têm um desenvolvimento cognitivo alterado apenas qualitativamente, pois elas possuem uma inteligência verbal superior à das mulheres normais, compensando assim, as suas deficiências quanto à percepção forma-espaço. Disto resulta que o nível intelectual global das Turner é igual ou mesmo levemente superior ao da população feminina normal.

Por outro lado, não exibem desvios de personalidade, o que significa, inclusive, que sua identificação psicossocial não é afetada.

Em decorrência da disgenesia ovariana, a única fonte de estrógeno para essas pessoas são as supra-renais; como a taxa desses hormônios é baixa, as pacientes devem receber aplicações de estrógenos para estimular o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e o aparecimento da menstruação. Usualmente esse tratamento tem início aos 16 anos para evitar que os estrógenos aplicados retardem ainda mais o crescimento.


Síndrome de Klinefelter (SK)

O que é?

A Síndrome de Klinefelter (SK) é provavelmente a variação cromossômica mais comum nos seres humanos, uma vez que a cada 500 nascimentos é encontrado um menino com a síndrome.
A SK é diagnosticada através do cariótipo; um exame feito com uma amostra de sangue. É causada por uma variação cromossômica que envolve o cromossomo sexual. O cariótipo de um individuo afetado por esta síndrome é 47, XXY. O cromossomo sexual X que está a mais, causa uma mudança característica nestes rapazes. Todos os homens possuem um cromossoma X e um Y, mas devido á variação, vai-se formar um homem com um cromossoma X a mais. Outros cariótipos menos comuns são 48, XXYY; 48,XXXY; 49,XXXYY e 49,XXXXY que, respectivamente, exibem 1, 2 e 3 corpúsculos de Barr.
O sindrômico é um homem que, devido a esta variação cromossômica, possui um desequilíbrio hormonal.

Cariótipo

Características:

Muitos homens têm sido avaliados e as quatro condições mais comuns encontradas são

- Esterilidade - é a característica mais comum nos adolescentes e nos adultos com SK. Eles possuem uma função sexual normal, mas não podem produzir espermatozóides (Azoospermia) devido à atrofia dos canais seminíferos e, por isso são inférteis.

- Desenvolvimento de seios (Ginecomastia) – em muitos rapazes com SK, os seios desenvolvem-se aumentando de tamanho, pois os níveis de estrogênio (hormônio feminino) são mais elevados do que os níveis de testosterona (hormônio masculino). Em alguns casos, torna-se necessária a remoção cirúrgica.

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- Características masculinas incompletas - apesar de muitos rapazes sindrômicos serem altos, eles podem não ser particularmente atléticos ou coordenados. O pênis, normalmente, tem um comprimento médio, apesar dos testículos serem pequenos, devido à esclerose e hialinização dos túbulos seminíferos. Também podem apresentar uma diminuição no crescimento da barba.

- Problemas sociais e/ou de aprendizagem – os rapazes que sofrem desta síndrome têm uma grande dificuldade na fala o que contribui para aumentar os problemas de integração social. Os rapazes com SK podem ter menos confiança na sua masculinidade, serem mais imaturos, carentes e dependentes em comparação com os irmãos ou com outros rapazes da mesma idade. Também podem ser levemente passivos, muito sensíveis, ter falta de iniciativa e possuírem uma auto-estima frágil.

Tratamento e Prevenção das Complicações

Este síndrome raramente é diagnosticada no recém-nascido face à ausência de sinais específicos. O diagnóstico precoce permite a intervenção atempada, seja ela psicológica ou farmacológica. O rastreio de problemas visuais, auditivos, assim como a avaliação do desenvolvimento devem ser realizados periodicamente. As anomalias constatadas devem ser seguidas em consultas de especialidade. Muitos destes doentes são referenciados pelos problemas comportamentais, desenvolvimento pubertal anômalo ou infertilidade. A puberdade apresenta problemas particulares secundários aos problemas genitais já referidos. Para uma melhor resposta, o tratamento com testosterona deve ser iniciado pelos 11-12 anos de idade. Está demonstrada a sua eficácia numa percentagem importante de doentes, tanto em aspectos psicossociais como físicos. Este tratamento deve resultar na progressão normal do desenvolvimento físico e sexual, incluindo o crescimento de pêlos púbicos e o aumento do tamanho do pênis e escroto, crescimento da barba, agravamento da voz, aumento do tamanho e da força muscular. Por estes motivos estas crianças e adultos jovens devem ser acompanhados numa consulta de endocrinologia.