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Uma espécie de minhoca de 30 cm de comprimento, que vivia no fundo do mar, pode ter sido o primeiro ser vivo a praticar sexo, há pelo menos 565 milhões de anos.
Até hoje acreditava-se que os primeiros organismos multicelulares eram simples, e que as estratégias atuais usadas pelos animais para sobreviver, se reproduzir e crescer em números só teriam aparecido bem depois, por causa de uma série de fatores, que incluiriam pressões evolucionárias e ecológicas, impostas por predadores e pela competição por alimentos e outros recursos.
Mas a paleontóloga encontrou fósseis da Funisia dorothea no deserto do sul da Austrália, que demonstram que o organismo tubular tinha vários meios de crescer e se reproduzir – similares às estratégias usadas pela maioria dos organismos invertebrados para propagação atualmente.
“O modo como a Funisia aparece nos fósseis mostra claramente que os ecossistemas eram complexos desde muito cedo na história dos animais na Terra – isso é, antes de os organismos desenvolverem esqueletos e antes do surgimento da predação ampla”. “Geralmente, os indivíduos de um organismo crescem próximos uns aos outros, em parte, para garantir o sucesso reprodutivo”. “Na Funisia, nós estamos muito provavelmente vendo reprodução sexual num antigo ecossistema – possivelmente a primeira ocorrência de reprodução sexual entre animais em nosso planeta.”
Descoberta da paleontóloga: Mary Droser, da Universidade da Califórnia Riverside.
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